Top 14 Serial Killers do mundo das séries

“O mal torna os homens unidos.” Aristóteles.
Spoilers Abaixo:
Qualquer amante do gênero policial do mundo das séries sempre se empolga quando a trama principal envolve um serial killer maligno e extremamente cruel. Perversos, calculistas, metódicos, frios, sádicos e tantas outras características são pré-requisitos básicos para essa parte tão sombria da humanidade. E todo serial killer que se preze tem que saber se esconder na sociedade. Emprego, família e casa, enfim, uma vida relativamente estável.

E quem gosta muito desse assunto adorou a primeira metade de 2013: o ano dos serial killers. Nada mais nada menos que três produções estreantes – Bates Motel, Hannibal e The Following – tiveram como foco principal assassinos em série. Mas isso não indica que essas três séries tenham sido semelhantes. Apresentaram propósitos totalmente diferentes, alegrando os amantes de serial killers de diversas maneiras. Parece que Dexter Morgan ganhou muita concorrência justamente no último ano.
Pautando-se nesses seres macabros que estão presentes em nossas vidas, eu e a Juliana Apfelgrün montamos uma lista com os melhores – ou piores –serial killers das séries. Os 14 “indicados” precisaram atender a algumas regras:
Regra nº1: Quando questionado por uma estudante de criminologia se existia um serial killer na sua cidade, David Rossi (Criminal Minds) alegou a importância de três fatores: vitimologia, modus operandi e assinatura. Logo, nessa seleção, foram avaliados a similaridade das vítimas, os atos necessários para cometer o crime e o ritual categórico.
Regra nº2: No piloto de Castle, o autor dos livros de mistério fez uma análise interessante. Com um assassinato, procura-se por uma razão. Com dois, há a busca por uma conexão. A partir do terceiro, não existe mais motivo. Coincidentemente – ou não – nós e o FBI só consideramos um serial killer o indíviduo com, no mínimo, três vítimas.
Ressaltando que a lista contém grandes spoilers, vamos à primeira parte dela!
14º – Shane Casey – CSI:NY (por Juliana Apfelgrün)
 
 Be carefuuul! You look a little nervous, little emotional. […]
A franquia CSI, composta por três séries – duas já canceladas –, teve inúmeros criminosos e assassinos durante a sua história. Com serial killers, a regra é a mesma e muitos já tiveram seus momentos de destaques nesses procedurais. Alguns não foram tão bons e marcantes assim (cof, cof, Justin Bieber), enquanto outros serão sempre lembrados. Mas um, em particular, recebe a honra de receber o título de “maior serial killer” dos CSI’s. Ele atende pelo nome de Shane Casey e aterrorizou os membros da equipe forense deNova Iorque por três anos. O seu lado homicida foi ativado quando seu irmão, visto como um herói, foi preso por assassinato, cometendo suicídio por isso posteriormente. Tentando provar a inocência de seu maior exemplo, Shane começou uma caçada contra todos aqueles que ele achava que tinham armado para o seu irmão. Em uma tentativa frustrada de, novamente, provar que a polícia estava errada, Casey acabou sendo preso e lá ficou por três temporadas. Depois desse longo tempo na prisão, o serial killer arquitetou um plano genial e conseguiu fugir da cadeia, para dar continuidade ao seu plano de vingança contra os CSI, em especial o Danny. O assassino teve a season finale da sexta temporada toda dedicada a ele e a sua obsessão insana de matar o Danny, seguindo a família do perito e chegando a ameaçar a vida do filhinho dele com a Lindsay. O serial killer teve o seu fim ao subestimar Lindsay ao achar que ela não teria coragem de apertar o gatilho. Casey estava errado e os fãs de CSI acabaram perdendo um de seus maiores vilões de sua história.
Tome cuidado! Você parece um pouco nervoso, um pouco emotivo.
13º – 3XK – Castle
 
 But murder’s just an act. It’s all about the anticipation, the planning.
De todos os integrantes dessa lista, 3XK possui a menor “contagem.” Muitos das menções honrosas, inclusive, superam o número de mortes com extrema simplicidade. Vem sempre a pergunta: por que incluir Jerry Tyson entre os 14 maiores serial killers das séries? Ele simplesmente fez a vida de Richard Castle um inferno! Enganou Beckett com facilidade (e isso é muito difícil!), manipulou Marcus Gates para dar continuidade a seus crimes e confessá-los, deixou Castle vivo para ter a sensação de falha. E o pior de tudo… Cometeu um crime que fugisse do seu modus operandi – em uma semana matar três loiras com fios de nylon nos seus próprios apartamentos para depois desaparecer – somente para que o escritor fosse incriminado. Colocou as digitais na cena do crime, forjou um relacionamento com a vítima (ou seja, traição com a Kate), deixou as armas na sua casa e até contratou um sósia para ter uma prova legítima! Tudo uma enorme vingança pelo fato de o escritor ter associado os seus planos após longos quatro anos de planejamento. Para Tyson, matar é simples demais. É necessário sofrimento, dor, tragédia. Se Richard Castle fosse assassinado, qual seria a graça? Era preciso destruir a sua vida, a confiança de familiares e de colegas de trabalho, a dignidade, o amor que tanto demorou em se concretizar. Sorte que Castle contou com o apoio da NYPD e foi capaz de comprovar que tudo era uma armação. E agora, dado como morto, Tyson tem a oportunidade de voltar a brilhar, segundo as suas concepções.
Assassinato é só um ato. É tudo sobre antecipação, planejamento
12º – Ari Haswari – NCIS (por Juliana Apfelgrün)
 
 Sorry, Caitlin.
Talvez alguns poucos fãs de NCIS estranhem a presença do Ari neste top e argumentem “mas ele é um terrorista, não um serial killer. Tá tudo errado isso daqui, lista lixo AAAAAAAAH”. Eu explico. Vamos lembrar que para ser considerado um assassino serial, o criminoso, sempre com problemas psicológicos (sejam eles doenças ou a presença de um perfil psicopata), é uma pessoa que comete crimes com certa frequência e que, na maioria das vezes, possui um mesmo modus operandi. É possível encaixar o Ari nesses três pré-requisitos. Era uma pessoa sem empatia alguma, um assassino do Hamas e cometia a maioria dos seus assassinatos usando um rifle. Como um bomserial killer no estilo do qual gostamos, o israelense também voltou todas as suas forças para combater e derrotar (estilo sessão da tarde mesmo) uma agência americana, nesse caso o NCIS. Sempre mostrando a sua grande inteligência, permanentemente aliada a sua frieza de mesmo tamanho, o terrorista não mediu esforços para conseguir concretizar seus planos de sua célula terrorista da Al-Queda, conseguir matar o seu pai Eli, líder do Mossad– sua antiga agência – e levar junto o NCIS. Tirando algumas infiltrações aqui e ali e umas frequentes dores de cabeça em Gibbs e cia, o grande feito de Ari foi matar Kate Todd, em uma maneira totalmente inesperada e revolucionando toda a série. O seu fim também veio de forma trágica, através das mãos da própria meia-irmã, Ziva David, que o matou da mesma maneira que ele fazia com suas vítimas.
Me desculpe, Caitlin.
11º – Sylar – Heroes (por Juliana Apfelgrün)
 
 Okay, technically I’m a serial killer.
Vamos todos fingir esquecer-se da bomba que Heroes se tornou por alguns minutos e pensar apenas em seu vilão. Sylar tinha uma habilidade bem peculiar: a capacidade de entender como as coisas funcionavam. Aí incluso estavam não só relógios, como também o cérebro de pessoas com poderes. Movido pelo seu desejo de ser alguém importante e pela sua ganância de possuir a sabedoria de diversas habilidades, o vilão se tornou um dos maiores assassinos de toda a história da TV americana – sem exageros – e tocou o terror na série. O seu inesquecível modus operandi de, literalmente, abrir a cabeça das suas vítimas para estudar seus cérebros com as próprias mãos, combinava com a personalidade fria do joalheiro. A cena de Heroes que mais ficou marcada em minha cabeça envolve um dos seus crimes, aquela em que ele rouba o poder da Claire, conversando com a própria cheerleader enquanto ela estava com a cabeça aberta e bem consciente – afinal, o poder dela era a regeneração. O assassinato mais chocante de todos para mim foi a da Elle, namorada do vilão. Eu realmente cheguei a acreditar que ele estava feliz e que o seu desejo por novos poderes tinha cessado. Ledo engano o meu, isso era algo incontrolável. Foi triste ver a frieza estampada na cara do serial killer enquanto matava a Elle, como se não fosse nada anormal. Ao todo foram contadas trinta mortes pelas mãos do Sylar, mas não me surpreenderei se um dia eu descobrir que o número verdadeiro é o dobro disso.
Ok, tecnicamente, eu sou um serial killer.
10º – Billy Flynn – Criminal Minds
 
 The question isn’t why do I kill people. The question is why I don’t kill everybody. I decide who dies, but mostly, I decide who lives. I am like… God!
Escuridão e terror. Essa é a combinação mais apropriada para descrever os assassinatos de um dos mais prolíficos serial killers apresentados porCriminal Minds. Por décadas, Billy Flynn percorreu os Estados Unidos em seu trailer caindo aos pedaços com um único objetivo: matar. Quando as luzes das casas se apagavam – seja por apagões nas cidades ou por ações do próprio Billy – aquele era o exato momento de atacar, destacando sua assinatura mais evidente: o escuro. Com um modus operandi terrivelmente cruel, ele sempre deixava uma vítima para contar a história dos assassinatos, orgulhando-se de suas atrocidades. A citação destacada já proporciona calafrios visto que, para alguém chegar a esse nível de comparação, essa pessoa deve ser um tanto quanto maligna, certo? Flynn também foi ousado a ponto de sequestrar a filha do detetive Spicer de Los Angeles, tentar formar um “time” de assassinos com ela e desafiar Derek Morgan em todos os momentos. Fugindo da polícia, ele ensinou várias lições a Ellie Spicer como, por exemplo, a dominação fácil sobre pais com crianças. Após um belíssimo discurso de maternidade de J.J. (Flynn sofrera muitos problemas na infância), Billy atraiu o já obcecado e predestinado Morgan que, abalado por tudo o que o serial killer havia provocado, matou-o com certa frieza. Mais que merecido! Quem assiste a esses dois episódios à noite age meio que instantaneamente: checa todas as portas e janelas. Quando falta luz… Assustador!
A questão não é porque eu mato pessoas. A questão é porque eu não mato todo mundo. Eu decido quem morre, mas, sobretudo, eu decido quem vive. Sou como Deus.
9º – Ice Truck Killer (Brian Moser) – Dexter (por Juliana Apfelgrün)
 Which is why I want to do something special for her. I want to give her a new smokin’ pair of legs. Yours.
Sim, é verdade, exemplos de Dexter são o que não faltam nessa lista. Porém, é impossível fazer uma lista de maiores serial killers e não incluir um dos aqui listados. Assim como em Criminal Minds, Dexter nos dá a pequena impressão de que só existem serial killers nos EUA e opções é o que não faltam. Deixando esse fato estranho de lado, é preciso dar a Brian Moser o devido destaque que ele merece. Ao meu ponto de ver, o Ice Truck Killer está praticamente no mesmo nível bad ass do Trinity, isso se não estiver empatado. E é fácil pensar em vários argumentos para essa afirmação: primeiro serial killer e antagonista da série; chegou muito perto de matar a Debra; irmão de sangue do Dex… Na sua “área de atuação”, Brian não é nem um pouco fraco também. Em poucos episódios em que o vilão apareceu, pelo menos 15 pessoas acabaram perdendo suas vidas. Considero o seu modus operandi – deixar a vítima de ponta cabeça, cortar sua carótida e deixá-la sangrar até morrer – um dos mais cruéis que eu já pude acompanhar em séries. Sem contar na maneira horripilante em que ele desovava os corpos, todos os membros separados, parecendo uns pedaços de carne, sem sangue algum. Assim também como o fator traumático que o estimulou a matar, ver sua mãe sendo morta enquanto criança. Além de tudo isso já citado, Brian ainda conseguiu mexer e muito com a cabeça do irmão (tá certo que hoje em dia, aparentemente, qualquer um consegue isso, mas enfim) e tinha a manipulação como uma das suas melhores (ou piores?) qualidades. Deb que o diga!
Isso porque eu quero algo especial para ela. Quero dar a ela um novo par de pernas. Suas.
8º – Joe Carroll – The Following
 
 It’s just the beginning. It will be a classic. It will be our masterpiece
Quem é fã de Edgar Allan Poe é muito suspeito para falar de Joe Carroll. Esse é o meu caso. Amante de muitas obras literárias do primeiro grande mestre do macabro e encantado por serial killers, a premissa de The Following – e Joe Carroll – me atraíram. Sabe aquele professor que faz você se apaixonar pela matéria? Carroll é um desses exemplos. Casado com Claire Matthews, ninguém suspeitava que aquele brilhante professor fosse o assassino de 14 jovens universitárias. Tudo mudou quando Ryan Hardy elaborou teorias a respeito da similaridade dos assassinatos com os trabalhos de Poe. E, obcecado, Ryan conseguiu prender Carroll e ainda escreveu um livro: A Poesia de um Assassino. E quem achou que Joe ficaria parado na cadeia estava muito enganado. Ele reuniu uma legião de seguidores, orquestrou assassinatos, planejou sequestros de sua família e escapou da prisão. Tudo bem que as ações do FBI de The Following chegam a ser uma ofensa para o pessoal de Criminal Minds, mas não vamos entrar nesse mérito. Joe Carroll deixou Ryan e Debra Parker completamente loucos para conseguir escrever os capítulos finais de seu novo livro, aquele que apresentava como herói problemático um agente do FBI. O livro que Carroll e Hardy escreveriam juntos. Uma obra-prima. No final da temporada, os roteiristas deram a entender que Joe Carroll teria morrido numa explosão, mas sinceramente… Matar Joe Carroll significaria perder grande parte da trama. Prefiro acreditar na hipótese que quem fez a autópsia era mais um dos seguidores do “culto.”
É apenas o começo. Será um clássico. Será nossa obra-prima.
Gostaram da primeira parte do Top 14 Serial Killers do Mundo das Séries? Palpites para os outros integrantes da lista? Não deixe de conferir  aqui no Série Maníacos em breve, a parte final da lista.